Páginas

Traduzir o Site

Equipe Comunicação

Diocese de São Miguel Paulista

02/03/2010


Nossa Diocese de São Miguel Paulista – São Paulo/SP

AA Diocese de São Miguel Paulista foi criada pelo Papa João Paulo II em 15 de março de 1989, desmembrada da Arquidiocese de São Paulo, sendo o seu 1º Bispo Diocesano Dom Fernando Legal que a pastoreou de 5 de março de 1989 até os dias de hoje, sucedendo-lhe como 2º Bispo Diocesano Dom Manuel Parrado Carral.

Situa-se no leste do Estado de São Paulo tendo como limites a Arquidiocese de São Paulo e as Dioceses de Guarulhos e Mogi das Cruzes.

Possui uma superfície de, aproximadamente, 199,94 km2 e uma população de 3 milhões de habitantes, em crescente crescimento, e sua densidade demográfica é de 10,6 hab/km2. É considerada a menor diocese do Brasil em território e a que possui a maior densidade populacional do Brasil.

A Diocese de São Miguel Paulista, atualmente, possui 101 paróquias e 260 comunidades. Conta com a presença de 140 padres e de algumas dezenas de Congregações masculinas e femininas.

Para a formação dos futuros padres diocesanos possui 3 casas de formação, que são:

- Seminário Propedêutico São Miguel Arcanjo;
- Seminário de Filosofia São José – construção nova inaugurada em outubro de 2007;
- Seminário de Teologia Nossa Senhora da Penha.

Situa-se no território da Diocese de São Miguel Paulista, a Capela mais antiga como construção original, século XVII, intitulada Capela de São Miguel Arcanjo, popularmente, conhecida por Capela dos Índios e está, atualmente, em obras de restauração.

Pertence a Diocese de São Miguel Paulista o Santuário Eucarístico Nossa Senhora da Penha tradicionalmente conhecido, em toda cidade de São Paulo, como Igreja de Nossa Senhora da Penha.
Conheça um pouco de sua história:
A primeira informação que obtivemos quanto à sua construção foi ainda colhida nos Inventários e Testamentos, em 1673. Naturalmente essa informação indica um aumento no templo, que vinha crescendo junto com o lugarejo, passagem para a aldeia de São Miguel. Os devotos cresciam em número, moradores e proprietários de terras nas redondezas, precursores dos nossos fazendeiros.

Templo quase três vezes secular, portanto, com certidão de idade passada por numerosos documentos oficiais, documentos da Câmara da Vila de São Paulo, do seu Registro Geral. À sua sombra descansavam viajantes que iam de rumo posto para o Rio de Janeiro. Na Penha faziam pouso os paulistas que demandavam as minas das Gerais. Saíam pela manhã da cidade e iam “ordinariamente pousar em Nossa Senhora da Penha, por ser (como eles dizem) o primeiro arranco de casa”. Em volta da igreja havia albergues para descanso de itinerantes, de tropeiros, de comerciantes, de soldados. E havia mesmo um hotel – o Hotel América, onde pernoitou, a 15 de outubro de 1874, o conde d’Eu, esposo da princesa Isabel. A situação privilegiada em que se encontra o templo, numa colina saudável e de largas vistas foi sempre um motivo para recreios e festas, de que usufruíam os fiéis quando para lá iam com os seus problemas pedir soluções à Senhora da Penha.

Por ser lugar, vamos dizer, de pouso obrigatório, é que surgiu uma lenda, a lenda do viajante francês, que teria dado, na tradição mantida pelos padres até hoje, origem à igreja de Nossa Senhora da Penha. Vejamos como ela é narrada oficialmente: “Diz uma tradição popular que um devoto francês viajando de São Paulo ao Rio, levou consigo uma imagem da Virgem, que trouxera de sua pátria. De caminho pernoitou na Penha. Ao raiar do dia pôs-se a partir com toda a sua bagagem. Mas qual não foi o seu espanto quando, à noite, deu pela falta da sua imagem. Voltou incontinenti em procura do seu tesouro e encontrou-o no alto da colina, de onde pernoitara na véspera; tomou-a e continuou a viagem. Ao cair da tarde entristeceu-se ao notar a ausência da imagem; retornou novamente e verificou que a imagem se encontrava no mesmo lugar da véspera. Homem de fé profunda reconheceu, nesse fato, que a Virgem escolhera a Penha para o seu trono e morada. Construiu-lhe uma pequena capela no lugar escolhido pela mão de Deus. A notícia correu e o povo, aos poucos, começou a venerar a imagem miraculosa, e paulatinamente o bairro começou a popular-se, de sorte que em 1796 a Penha pode ser levada à categoria de paróquia, desmembrada da Freguesia da Sé”.

Essa é a lenda cuja idade, embalando a crença dos fiéis, não pudemos determinar. Ela pretende explicar o nome de Penha de França. Mas deve, mesmo, ser muito antiga, daqueles tempos possivelmente em que a imagem de Nossa Senhora da Penha vinha para a cidade com prévia comunicação à Câmara para maior brilho dos festejos e recepção, e vinha com “suas jóias, e alfaias”. Ia esperá-la na igreja do senhor Bom Jesus de Matosinhos (Brás) a Câmara incorporada, coberta com o seu Imperial Estandarte, trazendo-a depois para a Catedral da Sé.
Devido ao movimento sempre crescente das romarias, informa o manual de Nossa Senhora da Penha, e ao desenvolvimento da piedade do povo penhense, a velha matriz que comportava, quando cheia, cerca de 600 pessoas, tornou-se insuficiente para as funções religiosas. Em um ano apenas levantou-se o templo atual, em estilo de basílica, com capacidade de abrigar nas funções religiosas 2.500 pessoas.

A velha Penha e inesquecíveis lembranças na história religiosa de São Paulo, dos milagres inumeráveis, das festas de muitos dias e muitas noites. Remédio específico para secas e epidemias de bexiga no São Paulo do século XIX e fins do século XVIII. Isolada no alto da colina longínqua que, como a da Nossa Senhora do Ó, domina a paisagem da terra febricitante que viu crescer lentamente desde o Anhangabaú, correndo depois pelo Brás – pelo famoso aterrado do Brás – para adormecer aos seus pés.

São Paulo, 01 de março de 2008.
Fonte: Centro de Pastoral da Região Episcopal Sé / “Igrejas de São Paulo" - Arroyo, Leonardo
Companhia Editora Nacional, 2ª edição, São Paulo. 1966

comunicacao@sj3.com.br
www.sj3.com.br
 
Setor Juventude Diocese de São Miguel Paulista - Douglas Arrais Coordenador Comunicação ©